As Bíblias de edição Católica Romana - Apócrifos

As Bíblias católicas contém 7 livros a mais, são chamados de livros "apócritos". O termo apócrito significa, no sentido religioso, não genuíno, espúrio, não inspirado. Estes livros em número de sete ( Tobias, Judite, Sabedoria de Salomão, Eclesiástico, Baruque, I Macabeus ) foram reconhecidos e oficialmente inscritos no Velho Testamento em 1546, pelo Concílio de Trento, que teve como um dos seus objetivos básicos o combate ao movimento da Reforma. Estes livros não se encontram em nossas Bíblias por várias razões muito sérias, entre as quais mencionamos os seguintes:

1. Eles jamais fizeram parte da Bíblia dos Judeus, porque nunca foram por eles considerados "canônicos" ou sagrados. Este fato é fundamental.

2. Seus ensinos bons estão todos incluídos nos livros que adotamos, não havendo portanto necessidade de repetição.

3. Há neles muitos ensinos falsos, em flagrantes contradição com os livros canônicos. Exemplo:

- Justificação pelas obras - Ecl. 3:33; Tob. 4:7-11
- Mediação dos Santos - Tob. 12:12
- Oração pelos mortos - II Mac. 12:44-46
- Superstição grosseira - Tob. 6:7-19, etc.

Várias autoridades ilustres da Igreja Romana, entre as quais se destaca Jerônimo, tradutor da vulgata latina ( a Bíblia oficial dos católicos ) declararam-se francamente contrários ao reconhecimento desses livros como sagrados. Além dos sete livros mencionados, as Bíblias de edição romana, tem mais 4 acréscimos a livros canônicos, que são os seguintes:

- Ester (ao livro de Ester)
- Cônfico (ao livro de Daniel) ou seja Cônfico dos três Santos Filhos.
- História de Suzana (ao livro de Daniel)
- Bel e o Dragão (ao livro de Daniel)

Há outras pequenas diferenças, todavia, não são de muita importância. Salvo o que já vimos, a Bíblia católica, e a protestante são substancialmente idênticas.